Rinite Alérgica
Rinite é uma inflamação da mucosa de revestimento nasal, caracterizada pela presença de um ou mais sintomas como obstrução, secreção, espirros, coceira (prurido) e, às vezes, redução do olfato. A rinite pode ser alérgica ou não alérgica.
Rinite alérgica é definida como inflamação da mucosa de revestimento nasal, mediada por IgE, após exposição a alérgenos e com os sintomas: obstrução, secreção aquosa, espirros e coceira (prurido). Pode ser classificada em rinite sazonal ou rinite perene.
Rinite alérgica sazonal ou estacional ou rinite polínica, apresenta sintomas em contato com polens durante uma época específica do ano, como na primavera com alta concentração dos alérgenos dos polens. É também conhecida como febre do feno (embora não tenha nada a ver com feno nem com febre).
Rinite alérgica perene ocorre durante todo o ano e é causada por alérgenos ambientais em contato permanente, como ácaros, baratas, fungos e escamas dérmicas de animais domésticos.
A rinite não alérgica pode ser dividida em: induzida por drogas (rinite medicamentosa por vasoconstritores nasais), rinite eosinofílica não alérgica (RENA), hormonal, gustatória, atrófica, associada a refluxo gastroesofágico e rinite infecciosa. Existem outras mais raras como por alteração hormonal, vazamento de líquor etc.
O diagnóstico de rinite alérgica inclui a história clínica pessoal e familiar de atopia, exame físico e exames complementares. O diagnóstico é basicamente clínico com associação aos seguintes sintomas: espirros seguidos (ou em salva), coriza aquosa, obstrução nasal e intensa coceira (prurido). Outros sintomas comuns são irritação na garganta, lacrimejamento, tosse, congestão nasal, diminuição do olfato e da audição, olheiras, fadiga, irritabilidade, dores de cabeça e dificuldades para dormir.
Os sintomas são manifestações crônicas desencadeadas pela exposição a alérgenos do ambiente. Quanto maior for a exposição, mais intensos costumam ser os sintomas experimentados. É comum que estes sintomas apareçam minutos após o contato com o alérgenos e se manifestem até de 4 a 6 horas, prejudicando o rendimento escolar e profissional durante as crises.
O tratamento para rinite alérgica baseia-se em três pilares: controle do ambiente, uso de medicamentos e imunoterapia. Cada paciente possui características únicas, portanto, é importante saber identificar a estratégia adequada para o caso específico a fim de controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
A rinite alérgica perene tem como principal desencadeante os ácaros da poeira domiciliar. As medidas não farmacológicas são os cuidados ambientais para evitar o contato com o alérgeno, uma das principais medidas para evitar o desencadeamento das crises. O tratamento farmacológico é com uso de anti-histamínico, principal substância usada para o tratamento dos sintomas da rinite alérgica. Outra opção é o uso de descongestionantes (pseudoefedrina), cuja ação principal é vasoconstrição. A via de aplicação pode ser oral e tópico nasal. Os descongestionantes tópicos nasais devem ser usados no máximo por até 5 dias. Sua utilização por período mais prolongado induz vasodilatação capilar (efeito rebote) podendo provocar rinite medicamentosa. Os corticoides tópicos nasais constituem a classe de drogas mais efetivas para o controle dos sintomas de rinite alérgica, podendo ser utilizados no tratamento de rinites não alérgicas (rinite eosinofílica não alérgica e vasomotora).
A imunoterapia é um conjunto de estratégias desenvolvido graças aos avanços tecnológicos utilizados na medicina para otimizar a resposta imunológica. O principal objetivo é reduzir a sensibilidade das pessoas a certas substâncias, diminuindo as reações alérgicas e os seus sintomas. O tratamento consiste na administração do alérgeno em doses crescentes e por um determinado período que dependerá de fatores que incluem risco de exposição, sintomas e sensibilidade alérgica. O tratamento com vacinas de alérgenos é individualizado e específico (ácaros, fungos, epitélios animais, barata, pólens etc.).