Provocação Brônquica
O Teste de Provocação Brônquica tem como finalidade demonstrar a presença de estreitamento brônquico (broncoconstrição) a vários estímulos. A estimulação pode
ser feita com agentes específicos (como alérgenos) ou inespecíficos (como a metacolina, a histamina, o carbacol), que podem desencadear a broncoconstrição e sintomatologia em praticamente todos os indivíduos que têm hiper-reatividade brônquica.
O teste de broncoprovocação consiste na inalação de concentrações e doses
crescentes (até o limite da concentração preconizada) de alguma substância
broncoconstritora (estreitamento dos brônquios). A estimulação pode ser feita
com agentes específicos (como alérgenos) ou inespecíficos (como a
metacolina, a histamina, o carbacol).
O objetivo de reproduzir os sintomas de uma crise de asma, como a
broncoconstrição e sintomatologia em praticamente todos os indivíduos que têm hiper-reatividade brônquica, é confirmar ou descartar a presença de hiper-reatividade brônquica.
A indicação dos testes de provocação alérgica, por via inalatória brônquica, para as doenças alérgicas mediada pela IgE é com uso de alérgenos como os ácaros, fungos, epitélios, baratas e polens.
A principal recomendação para o teste é a suspensão de medicações broncodilatadoras (geralmente os laboratórios fornecem uma lista de tais substâncias e o momento para suspensão), evitar café e derivados e não fumar no dia do teste.
O teste necessita ser padronizado, realizado em ambiente hospitalar, por
técnico qualificado em espirometria e sob supervisão médica.
É recomendado que o técnico avalie se o paciente apresenta alguma
contraindicação para a realização do teste de broncoprovocação, tais como: defeito ventilatório obstrutivo de grau moderado a acentuado avaliado na espirometria, infarto do coração nos últimos 3 meses, pressão descontrolada no dia do exame, infecção respiratória recente e uso de medicação para miastenia. Gravidez e amamentação são contraindicações relativas.
Antes de iniciar a broncoprovocação é necessária a realização de uma espirometria de base, que será usada como referência (comparação) para as demais manobras feitas após cada inalação da substância broncoconstritora.
Antes do paciente ser liberado será repetida a espirometria para avaliar se o valor do VEF1 já retornou à condição inicial.
O Teste de Provocação Brônquica específica é considerado padrão de referência para confirmar a relação causal entre a exposição a determinado agente e os sintomas de asma.
A queda do valor do VEF1 (Volume Expiratório Forçado) no 1° minuto da espirometria) ≥ 20% em qualquer momento do teste infere teste de broncoprovocação positivo e define a interrupção do exame.
A pessoa que apresenta teste positivo pode sentir falta de ar, tosse e aperto no peito ou apresentar chiado. Estes sintomas serão revertidos com a inalação de um broncodilatador que irá relaxar a musculatura dos brônquios, deixando-os mais abertos para facilitar a passagem do ar.
A ausência de queda de 20% ou mais, após completadas todas as
inalações, define o teste como negativo.
Interpretação: o teste de broncoprovocação serve para confirmar ou descartar a presença de hiper-reatividade brônquica, geralmente é positivo em asmáticos, mas pode eventualmente ocorrer em outras doenças pulmonares ou na vigência de infecção das vias aéreas. Salientamos que a interpretação mais acurada do teste é feita pelo médico que acompanha o paciente em associação com as informações clínicas.